O poeta da roça
Patativa do Assaré
Sou fio das mata, cantô da mão grosa
Trabaio na roça, de inverno e de estio
A minha chupana é tapada de barro
Só fumo cigarro de paia de mio
Patativa do Assaré
Sou fio das mata, cantô da mão grosa
Trabaio na roça, de inverno e de estio
A minha chupana é tapada de barro
Só fumo cigarro de paia de mio
Sou poeta das brenha, não faço o papé
De argum menestrê, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola
Cantando, pachola, à percura de amô
De argum menestrê, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola
Cantando, pachola, à percura de amô
Não tenho sabença, pois nunca estudei
Apenas eu seio o meu nome assiná
Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre
E o fio do pobre não pode estudá
Apenas eu seio o meu nome assiná
Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre
E o fio do pobre não pode estudá
Meu verso rastero, singelo e sem graça
Não entra na praça, no rico salão
Meu verso só entra no campo da roça e dos eito
E às vezes, recordando feliz mocidade
Canto uma sodade que mora em meu peito
Não entra na praça, no rico salão
Meu verso só entra no campo da roça e dos eito
E às vezes, recordando feliz mocidade
Canto uma sodade que mora em meu peito
Eu gostei muito de fazer essa atividade,foi uma experiência diferente... espero participar das próximas.
ResponderExcluirJoyce Ferreira - 1° A
Esta atividade foi muito legal, porque foi interessante gravar o poema do Patativa do Assaré com as vozes de nossos colegas.
ResponderExcluirJosinaldo - 1º A
Foi legal,interessante um experiência incrivel,espero participar de novas gravações,
ResponderExcluirJosé Wellington - 1º A
Gostei da atividade de criar um podcast com o poema do Patativa do Assaré.
ResponderExcluirTafarel - 1º A